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PRESERVANDO OS FILHOS DURANTE O DIVÓRCIO – Parte 1


João e Lucia estavam se divorciando e com muitas mágoas um do outro. Vários foram os processos iniciados por ela. Convivência, manutenção financeira para os filhos do casal, manutenção financeira para ela, partilha, e ainda um processo Maria da Penha. O ex casal conjugal teve dois filhos, Lucas e José, de 12 e 6 anos, respectivamente, todos nomes fictícios para preservar a identidade dos participantes.


Ela estava magoada com o ex-marido porque após 20 anos de casamento ele decidiu se separar, e foi viver com uma moça muito mais nova. Ele estava magoado porque deu todo o “suporte” que imaginou suficiente para os filhos e para a ex-mulher.


Deixou Lucia morando com os filhos no apartamento onde viviam, e que era de propriedade dele antes do casamento, comprometendo-se com o pagamento do condomínio e IPTU do mesmo, além das despesas dos filhos com a escola.


Lucia, com 45 anos, e tendo um trabalho envolvendo uma atividade de venda, alega não ter uma renda fixa e não poder arcar com suas despesas e as despesas extras com os filhos.


Em uma discussão ocorreu um episódio de agressão, quando ela fez uma queixa contra ele, que resultou em um processo no juizado criminal.


A ex-esposa também não queria que João levasse os filhos para a casa dele, onde estava residindo com a atual companheira, e não deixava os filhos dormirem com o pai. Em um dos processos solicitava que a convivência dos filhos com ele fosse assistida pela sua sogra.


No meio desse conflito estavam Lucas e José. Lucas começou a apresentar alterações de comportamento na escola, tais como agressividade e baixa de rendimento. José estava mais triste e calado.


Um amigo do ex-marido, que havia vivenciado um processo de mediação em seu divórcio, recomendou que o mesmo buscasse esse meio de solução de conflitos.


João então contatou a mesma Câmara de Mediação indicada pelo seu amigo, e estes telefonaram para Lucia convidando-a para uma reunião de pré-mediação. Após alguma resistência ela concordou em participar do processo.


Algumas foram as reuniões individuais com cada um, antes da realização das reuniões conjuntas. Nas individuais falaram das mágoas e ampliaram sua visão para os interesses e necessidades de todos envolvidos.


O divórcio é um momento emocional difícil para todos. É um desafio para muitos pais elaborarem suas próprias questões emocionais, e também dispensarem a atenção necessária para o cuidado e auxílio dos filhos nas necessidades emocionais destes.


Lucia e João perceberam o quanto que o conflito entre ambos estava prejudicando os filhos e conseguiram separar as questões do ex-casal conjugal das do par parental. Precisavam seguir em uma parceria parental funcional para o bem dos meninos.


Os mediandos chegaram a um acordo amplo relacionado aos temas de todos os processos, e os filhos voltaram a conviver com o pai de forma mais frequente e a sentirem-se seguros a partir do restauro da comunicação entre os pais.


Tags: pré-mediação, reuniões individuais, interesses, necessidades, parceria parental, acordo e comunicação.

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